domingo, 20 de setembro de 2015

Mesa digital ajuda crianças com dificuldade de aprendizado em SC

Usado na rede pública, 'tablet gigante' tem tela sensível até a pincel.
'Coordenação motora está evoluindo', diz mãe de menino com Down

Link para a reportagem: 

Em Fraiburgo, no Oeste catarinense, uma mesa digital que funciona como um grande tablet está ajudando na inclusão de crianças com algum tipo de deficiência ou dificuldade de aprendizado na rede pública. A tela, mais sensível, permite até o uso de um pincel (veja o vídeo acima).
A tecnologia tem ajudado alunos como Isadora, de 9 anos, que tem autismo. “Nós tínhamos um diagnóstico de 95% de chance de que ela nunca iria aprender a ler e escrever”, conta a tia da menina, Mosara de Oliveira. “Essa didática para ela está sendo muito bom. Hoje ela já sabe ler e escrever.” A menina aprova: “Eu quero continuar porque é bacana, eu aprendo bastante”.
Tecnologia desenvolvida em SC tem sido usada na rede pública (Foto: Reprodução/RBSTV)Tecnologia desenvolvida em SC tem sido usada na
rede pública (Foto: Reprodução/RBSTV)
A mesa digital surgiu da associação de duas empresas catarinenses, uma ligada à tecnologia e a outra, à produção de jogos educativos. O projeto começou há dois anos. Os criadores contam que foi uma forma de driblar algumas dificuldades financeiras e explorar um segmento de mercado com grande potencial.
“A criança vai se desenvolver conforme a proposta de cada aplicativo”, diz Cristiano Sieves,  especialista em ludopedagogia. A maior parte dos jogos foi pensada para o trabalho em grupo. É possível  formar palavras, fazer cálculos, aprender inglês e geografia, por exemplo.

O equipamento já está presente em 350 escolas espalhadas pelo Brasil. Cada mesa custa de R$ 8 mil a R$ 10 mil, dependendo da configuração. Até agora o município de Fraiburgo comprou 15 delas.
Maior interação
Cezar, de 6 anos, tem síndrome de Down e também utiliza a mesa digital para melhorar a coordenação motora. “Ele desenvolveu bastante em casa. Quer ajudar mais nas atividades, está interagindo mais. A coordenação motora dele está evoluindo a cada dia”, diz a mãe do menino, Sandra de Oliveira.
A professora Edna Padilha acredita que o equipamento ajuda os alunos a se desenvolverem mais rápido. “É um processo de seis meses, e em dois a gente conseguiu atingir [os resultados], usando a mesa como ferramenta de trabalho”, afirma.
“As crianças de hoje gostam de informática. Eles estão sempre ligados. Um celular que o Cezar pega, ele domina. E isso aqui só vem estimular cada vez mais”, diz a mãe do menino.

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